Montar um negócio do zero ou mantê-lo aberto nem sempre é tarefa fácil. Exige conhecimento, empenho e recursos, que nem sempre o gestor dispõe facilmente. Por isso, muitos recorrem a terceiros, denominado de sócio investidor.
Aqueles profissionais ou investidores que somente injetam dinheiro no empreendimento, mas, necessariamente não precisam fazer parte de sua gestão.
Em algumas situações eles podem contribuir com suas habilidades, ajudando no desenvolvimento e no crescimento da empresa. Mas como encontrar a pessoa certa para cada tipo de negócio? Quais os melhores caminhos para se fechar boas parcerias?
Como estruturar sua participação ou não na administração? As respostas para estas questões serão tratadas ao longo deste conteúdo.
Afinal, localizar um sócio investidor ideal pode representar o sucesso da companhia. Acompanhe o texto e saiba mais sobre suas responsabilidades, direitos e obrigações, deste personagem estratégico para qualquer negócio. Confira!
O que é ser um sócio investidor?
Sócio investidor é aquela pessoa que injeta capital financeiro nas empresas que confia e reconhece o seu potencial de crescimento e de lucros. De uma forma geral, ele é um investidor que busca retorno e capitalização dos seus recursos de forma rápida e segura.
Um profissional que pode ser especializado ou não, podendo fazer a diferença na gestão. Desta forma, contribui para ajudar a atingir as metas e resultados estimados. Um empresário que se mantém atualizado no mercado, cultivando boas relações.
Além do capital necessário, o sócio investidor pode trazer novas ideias e ajudar na expansão da rede de contatos ou carteira de clientes. Por meio do seu aporte financeiro colabora para a qualificação da gestão, por meio de novas e eficientes estratégias de trabalho.
– Qual a diferença entre sócio e sócio investidor?
Sócios e sócios investidores se diferem especialmente na parte prática do gerenciamento do negócio. O primeiro, compra cotas de participação, dividindo a propriedade da empresa, bem como suas responsabilidades, direitos e obrigações.
Tem poder para opinar na gestão, exercer algum cargo, gerenciar departamentos e participar dos lucros ou prejuízos. Por isso, é importante conhecer muito bem a empresa desejada, bem como sua saúde financeira.
Independente do percentual adquirido no empreendimento, um sócio tem poder de decisão na direção da empresa.
Em alguns casos, ele pode ser tanto administrativo como operacional e seus ganhos podem ser fixo ou proporcional a quantidade de ações adquiridas. Já o sócio investidor é o agente financeiro do negócio.
Aquele que entra com recursos financeiros, tem direito a dividir os lucros e os possíveis prejuízos, mas não precisa trabalhar na gestão.
Ele pode investir, com participação na receita, como investidor anjo ou simplesmente receber o valor injetado em parcelas, corrigidas com taxa de juros ou não. Tudo depende do que for negociado e estipulado em contrato.
Como funciona um sócio investidor em uma empresa?
Como seu papel na gestão vai muito além de simplesmente aplicar dinheiro na empresa, o sócio investidor pode participar ativamente do negócio.
Geralmente são pessoas ou instituições, como incubadoras, bancos de fomento ou Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Possuem maior poder aquisitivo e não se preocupam em restituir o que foi investido com rapidez.
Pelo contrário, seu interesse é que o negócio prospere e possa dividir os lucros de forma mais sustentável. Comprometido com o bom desempenho da empresa, o sócio investidor injeta recursos na unidade, sempre que necessário.
Em alguns casos, pelo volume de recursos investidos, ele pode se tornar um grande acionista e compartilhar a gestão com outros acionistas.
Esse dinheiro pode ser usado para melhorar processos, trazer novas tecnologias, aumentar a capacidade produtiva, entre outras iniciativas que gerem desenvolvimento.
– Aporte do sócio investidor
No geral, não existe um limite máximo ou mínimo de aporte financeiro que um sócio investidor possa trazer para o negócio.
Como ele pode participar das decisões e receber parte dos lucros, o gestor é quem decide o quanto ele precisa para desenvolver a atividade ou um novo projeto. Esse aporte financeiro do sócio investidor também dependerá do tipo de sociedade proposta.
Por isso, o gestor precisa de um plano de negócio, que dê um destino certo e adequado aos recursos. O sócio investidor pode entrar no negócio na fase inicial como um investidor anjo ou na fase de maturação, com expectativas de bons retornos.
Pode ainda ingressar na empresa na fase final dos negócios, onde as expectativas de retorno são mais elevadas.
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– Qual a porcentagem de um sócio investidor?
Normalmente o mercado oferece um percentual entre 15% e 30% de participação na empresa. Isso para que o proprietário ou demais sócios não percam o poder de decisão e possam manter o controle da empresa. Mas essa regra não vale para todas as situações.
Isso dependerá da finalidade para o dinheiro que entra. Por isso, o Código Civil brasileiro prevê que a entrada de um sócio investidor deve ter 75% de aprovação do quadro de acionistas.
O mesmo vale para outras questões como fusões, concordatas, incorporações, alteração de contrato social, entre outras. Em geral as empresas costumam ofertar até menos de 15%, para não dificultar a entrada de novos investidores, quando necessário.
Todas as regras, deveres, obrigações e responsabilidades do sócio investidor devem ser estipuladas em contrato. Lembrando que a remuneração de um sócio investidor pode ser por divisão de lucros, pró-labore ou pagamento de juros sobre capital próprio.
– Obrigações e responsabilidades do investidor enquanto sócio
Um sócio investidor pode ser uma decisão crucial para o bom andamento dos negócios, expansão ou criação de novos produtos.
Ele não só injetará mais recursos financeiros na empresa como também trará novos conhecimentos, experiências e valores ao negócio.
Ao reestruturar a saúde financeira do empreendimento, ele recupera a idoneidade e a confiança do mercado, bem como de instituições financeiras, clientes e fornecedores.
O sócio também pode definir o capital de giro e o fluxo de caixa, bem como metas para se chegar a um equilíbrio orçamentário.
Ele ainda pode contribuir para traçar novos planos de investimentos, ações estratégicas de gestão, entre outras iniciativas positivas para a companhia.
– Quais os direitos do sócio investidor?
Muito mais que compartilhar riscos e lucros, ao ingressar na empresa, o sócio investidor passa a ter responsabilidades, mas também direitos. Para formalizar essa nova relação é preciso firmar um contrato social entre as partes envolvidas.
Nele serão definidas todas as regras de trabalho, bem como a forma como ele terá o investimento ressarcido. Nesse caso o pagamento pode ser feito via distribuição de lucros, com percentuais ou volume de cotas adquiridas, quando ingressou na sociedade.
Importante lembrar que se houver prejuízos financeiros ou encerramento das atividades, todos os sócios compartilham as perdas e também as obrigações fiscais ou tributárias, que possam aparecer.
O sócio investidor também tem preferência na compra da empresa em caso de venda.
Qual o retorno de um investidor?
Sócios investidores entram em um empreendimento trazendo aporte financeiro mas também know-how profissional. Fator que fará a diferença na elaboração das melhores estratégias para o crescimento do negócio.
O retorno do capital investido depende da quantidade de cotas adquiridas na empresa e da forma como elas serão pagas. Mas é certo que o sócio investidor receberá dividendos da empresa em troca do seu investimento.
Em alguns casos, o sócio investidor pode ser ressarcido em até dois anos. Já o investidor anjo, esse montante investido na empresa deve ser devolvido em no máximo cinco anos.
Até esse prazo, bem como o percentual e o tempo que deve ser recebido devem ser detalhados em contrato social.
– Como um sócio investidor recebe?
Normalmente existem três formas para que o sócio investidor possa receber de volta os valores investidos na empresa. A primeira delas, como já dissemos em tópicos anteriores, se refere ao pró-labore, pago quando esse sócio participa ativamente da administração.
Esse valor pode ser em forma de salário, em especial quando a empresa atuar em regime de sociedade limitada unipessoal (SLU). Mas se o sócio investidor não trabalhar na empresa, não recebe o pró-labore e sim uma participação na distribuição dos lucros.
A remuneração será proporcional ao montante de ações ou percentual de sociedade adquirida. Vale ressaltar que essa distribuição de lucros só acontece se o faturamento da empresa for positivo e confirmado via balanço contábil.
Um fator interessante nessa forma de recebimento é que o sócio investidor não precisa necessariamente receber esses valores. Se preferir pode aplicá-lo na empresa. Uma terceira opção para ressarcir esse sócio pelo seu aporte é o juros sobre o capital próprio.
Nesse caso, muito comum em empresas de sociedade anônima, os valores podem ser periódicos, atualizados por uma taxa de juros de longo prazo (TJLP).
– Como pagar um sócio investidor?
A empresa beneficiada com investimentos de um sócio investidor, não precisa necessariamente optar por uma única forma para remunerá-lo.
Ela pode optar por uma das formas acima citadas, ou até escolher as três juntas, dependendo da sua viabilidade financeira. Esse sócio, por exemplo, pode receber um pró-labore mensal e fazer uma retirada anual dos lucros.
Importante destacar que não existe um valor determinado em lei para que a empresa pague o pró-labore. Em geral, elas optam por valores praticados no mercado, de acordo com o cargo que esse sócio exercerá.
Nessa modalidade, a empresa e sócio arcam ainda com alguns tributos como 11% de contribuição ao INSS e desconto de imposto de renda retido na fonte (IRRF).
Esse percentual segue tabela progressiva da Receita Federal, podendo chegar a 27,5% sobre o valor a ser pago.
Se a empresa optar em pagar pelo sistema de juros sobre capital próprio, também haverá desconto de 15% de IRRF. Já na distribuição de lucros não há tributação, isso porque a empresa já recolheu o imposto de renda devido referente a pessoa jurídica, o IRPJ.
Possíveis vantagens e desvantagens de se ter um sócio investidor na empresa
Engana-se o empresário que pensa somente nas vantagens em se ter um sócio investidor na empresa. A figura desse investidor traz vantagens, riscos e até algumas desvantagens, como vamos conferir a seguir.
– Entre as principais vantagens podemos destacar a possibilidade de expansão; desenvolvimento de novos projetos, produtos ou tecnologias; implantação de novos processos; ampliação do quadro de funcionários; qualificação da equipe; expansão da carteira de clientes, entre outros benefícios.
– Já entre as desvantagens podemos destacar um tempo maior para a tomada de decisões. Isso porque a medida exige amplas negociações, justificações e debates; prestação de contas e o rateio dos lucros.
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Como encontrar um sócio investidor para a sua empresa?
Todos já sabemos que iniciar um negócio no Brasil não é uma tarefa das mais fáceis. Afinal de contas, o que vale uma boa ideia sem dinheiro para que saia do papel? Por isso, muitos empresários recorrem a sócios investidores.
São pessoas ou empresas com recursos disponíveis para injetar capital, sem se preocupar se com um rápido retorno. Com dinheiro em caixa é possível abrir uma empresa, ou mesmo investir em ampliação ou novos processos para que possa crescer de forma sustentável.
Mas, onde encontrar um sócio investidor para a sua empresa? Ele pode estar em vários lugares e deve ser atraído pelas informações certas. A primeira delas é saber quanto sua empresa vale no mercado. Para isso realize o valuation.
– Desenvolva o contato com pessoas com o perfil certo
Amplie seu networking, ou a rede de contatos. Isso pode acontecer gradativamente a partir da participação em feiras e eventos corporativos, ligados ao seu segmento de atuação.
Quem preferir pode recorrer a profissionais especializados na compra e venda de empresas. No meuBIZ contamos com equipe apta a oferecer as melhores soluções personalizadas para o seu segmento.
Além disso, contamos com portfólio de serviços e de potenciais investidores, nas mais diferentes áreas. Faça uma abordagem mais ativa. Contacte profissionais e empresas que tenham afinidade com o seu empreendimento.
Divulgue sua empresa ou ideia de negócio de forma digital, on-line, em plataformas próprias ou terceirizadas especializadas em bons negócios, como o meuBIZ.
– Tenha uma real noção do tamanho e potencial do negócio
O tamanho e o potencial do negócio dizem respeito a sua capacidade produtiva e o quanto o mercado é capaz de consumir seus produtos ou serviços.
Dimensionar essas informações fará toda a diferença na hora que tiver que apresentar sua empresa a um investidor em potencial. Empresas sem concorrência, nem sempre são sinônimos de lucratividade alta. Ao contrário, às vezes é muito mais atrativo.
Negócios com alta concorrência podem ser muito lucrativos e atraírem excelentes investidores. O gestor precisa conhecer profundamente o seu empreendimento, seus pontos fortes e os fracos.
Desta forma, terá a real noção do tamanho e potencial do seu negócio. Quanto maior chamar a atenção do mercado, maior são as chances de aumentar as vendas e os lucros.
– Aprenda a vender o potencial do seu negócio
Se prepare para vender sua empresa ou uma ideia. Elabore uma boa apresentação, com fotos, slides, mostrando os pontos positivos, os resultados, o faturamento, entre outros dados.
Tenha tudo documentado em caso de ser solicitado. Ressalte a oportunidade de negócio, suas vantagens, seus diferenciais em relação aos concorrentes e, principalmente, o potencial de crescimento.
Treine, se prepare muito bem para poder apresentar e vender o seu negócio, atraindo o investidor certo. Tenha uma boa comunicação.
Seja direto e objetivo. Afinal, independente do canal escolhido para vender, ter boa desenvoltura e inteligência é porta aberta a boas negociações.
Cuidados a se tomar antes de assinar com um sócio investidor
Planejamento e cautela são duas palavras importantes na hora de se pensar em trazer um sócio investidor para sua empresa. Isso porque, além de ter que dividir os lucros, também dividirá a gestão, a tomada de decisão, entre outros fatores.
Para não errar na escolha, elaboramos algumas dicas que vão te ajudar a encontrar um profissional que melhor se encaixe no perfil do seu empreendimento.
– Além do recurso financeiro, avalie de que forma ele poderá agregar ao seu negócio;
– Verifique se é um profissional com credibilidade e responsabilidades no mercado. Busque referências profissionais e até pessoais;
– Faça uma projeção de até onde podem chegar juntos;
– O que um espera do outro:
– Avalie se os valores e as crenças do sócio investidor são iguais aos seus e ao clima organizacional da empresa;
– Confira se as condições para converter o empréstimo em cotas da empresa são viáveis e satisfatórias para os dois lados;
– Defina em contrato social muito bem quais serão os deveres, direitos e obrigações de empresa e sócio investidor.
Quero ser sócio investidor: como encontrar empresas para investir?
Se tornar um sócio investidor não é um bicho de sete cabeças, e sim possível em vários segmentos. Uma boa opção é comprar ações de empresas do tipo B3, de capital aberto, que negociam suas cotas na Bolsa de Valores.
São opções de negócios nos mais variados segmentos, e o melhor, com aportes a partir de R$ 10,00. Para isso, basta abrir uma conta em uma empresa especializada em operar na Bolsa, como uma corretora de valores ou bancos de investimentos.
Ser sócio de startups é outra opção viável. Outra dica é buscar empresas que precisem de capital extra em plataformas especializadas, como o meuBIZ. De forma simples e rápida você tem acesso a um portfólio selecionado e segmentado, facilitando sua busca.
O meuBIZ conecta empresários e investidores
Plataforma especializada em apresentar boas oportunidades de negócios, o meuBIZ conecta investidores e empresas em todo território nacional. Tudo realizado de forma segura e rápida, por meio de suas modernas ferramentas estratégicas.
Excelente oportunidade para sócios investidores investirem em empresas ativas, franquias, pontos comerciais, indústrias, bancos, farmácias, entre outros setores. Nosso portfólio conta com mais de 4.000 bons negócios disponíveis.
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Conclusão
No texto de hoje vimos que ter um sócio pode ser positivo para o bom andamento e crescimento do negócio. Um sócio investidor, que tenha capital para injetar na empresa e não tenha pressa para receber esse recurso de volta.
Passando a ser sócio da empresa, ele pode recuperar o valor investido, gradualmente, na forma de pró-labore, se for trabalhar na gestão, divisão dos lucros ou ainda fixar uma taxa de juros sobre o capital próprio.
Assim ele se torna sócio da empresa e acaba tendo renda extra. Procurar um sócio investidor exige cautela e paciência para encontrar o profissional com o perfil que melhor se encaixe ao clima organizacional da empresa.
Vimos ainda que tornar-se um sócio investidor é algo acessível e fácil. Basta dispor de um certo capital e escolher a empresa mais atrativa. Organizações de capital aberto que operam na Bolsa de Valores podem ser um ótimo começo.
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