Quando se fala em indicadores financeiros, os gestores logo pensam nas dificuldades em acompanhar, distinguir os tipos e como escolher. Conhecer suas aplicabilidades e vantagens é nossa proposta no texto de hoje, quando falamos sobre o payback.
Essa importante ferramenta estratégica ajuda os empresários a identificarem qual seria o tempo necessário de retorno do seu investimento. Também iremos identificar as fórmulas de cálculos, em especial sobre o payback simples e o descontado.
Mas qual seriam suas vantagens e desvantagens em relação a outros tipos de indicadores do mercado financeiro? Preciso de ajuda de especialistas para o cálculo ou a internet pode ser um caminho?
As respostas para estas perguntas você irá encontrar no decorrer desse conteúdo, elaborado por nossos especialistas. Por isso, continue conosco e confira as dicas de como encontrar seu payback de forma rápida e segura.
O que é payback?
Em português a palavra payback significa retorno e dá nome a um indicador financeiro. Ele facilita calcular o tempo que o empreendedor levará para ter retorno e recuperar o capital inicial investido na empresa.
Ou seja, o payback ajuda empresários e investidores a entenderem melhor a viabilidade ou não do negócio e a se programar melhor financeiramente.
Sabendo a partir de quando a empresa começará a dar lucro real, fica mais fácil projetar novos investimentos, ampliações, entre outras ações. Esse tempo não é estático e depende de vários fatores, como o perfil e tamanho do negócio.
O cálculo é razoavelmente simples, mas fica ainda mais fácil se contar com ajuda de profissionais especializados. Para isso é preciso ter em mãos os valores do investimento inicial e o saldo médio do fluxo de caixa.
– Payback e fluxo de caixa
Agora que você já entendeu o que é payback, vamos passar para sua relação com o fluxo de caixa. Para que isso dê certo é preciso manter uma gestão financeira eficiente, programando os custos, os gastos e a margem de lucro.
Entender o payback significa saber o impacto que ele pode gerar nas finanças. Quanto menor for esse indicador, o dinheiro investido retorna mais rápido, influencia nas receitas e contribui para manter um bom fluxo de caixa.
Eleva o potencial para novas aplicações e aportes financeiros. Com isso a empresa pode vislumbrar um crescimento gradativo e sustentável.
Mas se for o contrário, retarda a recuperação do dinheiro, inviabilizando novos investimentos. Isso pode gerar endividamento e comprometer a administração da companhia.
Para que serve o payback?
A principal utilidade do payback é analisar se um negócio é viável ou não, a partir do tempo de retorno financeiro. Prazo para que o empreendedor tenha de volta, o recurso investido no negócio e possa a contabilizar lucros.
Payback é usado principalmente por investidores e empresários. Além de um novo negócio, payback também pode ser aplicado em outros tipos de cálculos.
Por exemplo, qual será o tempo que o gestor levará para recuperar os valores aplicados, na compra de equipamentos, abertura de novas unidades ou aquisição de novas tecnologias. Munido do resultado é possível analisar se o investimento vale ou não a pena.
Se é possível esperar ou se a demora pode comprometer o bom andamento do caixa. O mesmo acontece com investidores que pretendem injetar recursos em um determinado negócio.
Será que o prazo de retorno vale a pena ou seria melhor buscar um payback com maior rapidez?
Como calcular o payback?
Dominar o cálculo do payback pode colaborar para decisões mais acertadas sobre os recursos financeiros e sua empresa. Existem duas formas para calcular o payback: simples e descontado.
Na primeira consideramos o valor do dinheiro no tempo, onde pegamos o valor investido inicialmente e dividimos pelo saldo médio do fluxo de caixa por um determinado período.
Se a operação usar um ganho mensal, o resultado será em meses e em anos, se adotar ganhos anuais. Já o payback descontado é mais complexo.
A operação considera uma taxa de desconto, que pode valorizar ou não, dependendo da flutuação da moeda no período estudado.
Para esse cálculo adicionamos vários elementos extras como a taxa mínima de atratividade (TMA), o fluxo de caixa e o valor presente líquido (VPL). Além disso é preciso:
– Fazer um inventário bem detalhado sobre as receitas e despesas operacionais e não operacionais;
– Definir qual o período para cálculo do payback, considerando o perfil do negócio;
– Manter o fluxo de caixa atualizado;
– Efetuar projeções realistas, considerando possíveis perdas e inadimplência.
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– Fórmula de cálculo do payback
Para calcular o payback não consideramos o valor do dinheiro no tempo e sim, contamos o período estimado, em meses ou anos, que levaremos para recuperar o investimento.
Para simplificar a operação usamos a fórmula: payback = investimento inicial / ganhos no período. Vale ressaltar que apesar de parecer simples, o payback apresenta pontos fortes e fracos.
Entre as vantagens podemos citar que é uma boa ferramenta estratégica e apresenta resultados confiáveis sobre a geração de fluxo de caixa.
Como pontos negativos temos diferentes modos de ver os fluxos recebidos em vários períodos e não é muito recomendado para análises de projetos de longo prazo.
– Calculadora online de payback
Graças aos avanços tecnológicos, operações contábeis e financeiras ficaram muito mais fáceis e seguras. A partir de programas específicos como excel, plataformas de cálculos e calculadoras digitais é possível realizar qualquer tipo de cálculo.
Inclusive as modalidades de payback. Além disso, empresas que adotam plataformas como ERP e CRM conseguem acompanhar melhor seus dados e números, facilitando qualquer tipo de cálculo.
No excel, podemos adotar a fórmula: payback = (E9*-1)/D10+B9. O resultado será exatamente a quantidade de tempo que necessária para se obter retorno de um determinado investimento.
Quem optar em contratar plataformas especializadas como o meuBIZ, poderá contar com assessoria técnica completa e exclusiva.
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Quais são os tipos de payback?
O payback tem se apresentado como um instrumento positivo de análise de viabilidade de um negócio ou investimento. Seja nas modalidades simples ou descontado, ambos mostram com eficiência o bom desempenho ou não dos recursos aplicados.
Para isso, o gestor precisa ser rigoroso quanto ao controle da gestão financeira. Entre os dois tipos de paybacks existem pequenas diferenças. Uma delas se refere ao valor do capital investido no tempo e a outra uma taxa de atualização monetária.
Independente do tipo de cálculo escolhido é importante destacar que a simplicidade dos cálculos é uma das características comuns entre os paybacks.
Especialmente se compararmos a outros indicadores financeiros como taxa interna de retorno (TIR) e o valor presente líquido (VPL), por exemplo. A seguir vamos conhecer melhor cada uma dessas metodologias para se calcular o payback.
– Payback simples
Nessa modalidade de cálculo do payback consideramos apenas duas variáveis: o capital inicial e o fluxo de caixa médio. O payback simples é mais indicado para avaliarmos o retorno financeiro de projetos com prazos menores.
Ele também não contabiliza a valorização ou desvalorização monetária ao longo do período em análise. Quanto menor for o resultado, menor será o tempo que a empresa levará para restituir o valor investido.
Além disso, poderá ter lucros mais rápidos, gerando menores perdas de receita. Sua fórmula é a seguinte: payback simples= capital inicial investido : fluxo de caixa médio.
Nesse caso, o fluxo de caixa é uma estimativa do saldo que a empresa tem em caixa ao fim de cada mês. Por isso esse número é variável e devemos considerar um valor médio.
Por exemplo, se pegarmos uma farmácia, com investimento inicial de R$ 50 mil e fluxo de caixa médio de R$ 5 mil ao mês, o resultado será dez. Ou seja, essa farmácia levará dez meses para recuperar o montante investido inicialmente.
– Payback descontado
Aqui para calcular o payback descontado usamos uma sistemática um pouco mais complexa, pois este adota outras variáveis. Além do capital inicial e do fluxo de caixa médio, é preciso encontrar a taxa de atualização monetária, o TMA e o VPL.
Parece complicado, mas, se o gestor tiver controle sobre as finanças e as informações, fica mais fácil. Vale destacar que o payback descontado é direcionado para avaliar investimentos de longo prazo.
Quanto maior for o tempo do projeto, maior será a desvalorização do montante aplicado inicialmente. Por isso é importante escolher muito bem a taxa de atualização. Para um resultado eficiente fique atento aos quatro passos:
1- Desenvolva uma tabela de fluxo de caixa;
2 – Atualize seu fluxo de caixa para o valor presente;
3 – Faça o mesmo com o saldo do investimento ano a ano;
4 – Execute o cálculo do payback descontado.
Qual a vantagem para o empreendedor em fazer o cálculo do payback?
– Oferece uma fórmula prática, simples e muito mais fácil de usar;
– Demonstra o grau de risco que o investimento representa, considerando o tempo de retorno e o movimento do fluxo de caixa;
– Auxilia de forma eficaz e rápida na tomada das melhores decisões;
– Permite medir o retorno de investimentos e projetos de curto prazo;
– Oferece panorama dos níveis de liquidez do negócio ou projetos;
– Pode ser usado para cálculos em projetos com alto grau de risco;
– Pode ser um recurso para elevar a segurança institucional em momentos de crise financeira ou econômica.
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Resultado do cálculo do payback
Depois de saber calcular o payback, escolhendo a melhor modalidade de operação é preciso entender e tirar vantagem do resultado.
Ele pode ajudar o gestor a tomar as melhores decisões orçamentárias e saber a hora certa de realizar novos investimentos, dentro ou fora da empresa.
Isso porque o resultado dessa conta viabiliza saber com exatidão, quanto tempo o empresário levará para recuperar o aporte investido e começar a lucrar.
Em aplicações maiores, com prazos mais longos, o resultado do payback mostrará se é viável ou não e se os rendimentos serão satisfatórios. Dentro do esperado e projetado.
O mesmo acontece com o investidor, que injeta recursos em empresas. Ele precisa saber se esse tempo de retorno compensará a espera ou não. Em casos de resultados mais rápidos, viabiliza novas aplicações.
– Como saber se o payback é bom?
Como já dissemos anteriormente, não existe um prazo ideal para o payback. O resultado é variável e depende de uma série de fatores. Modalidade ou tamanho do negócio, valor investido, localização, entre outros fatores.
Muitas vezes o gestor abre uma empresa esperando retorno financeiro rápido, o que pode não acontecer. Isso não representa que a empresa não é viável e sim, que o tempo para ressarcir o investimento e começar a lucrar pode ser maior, do que o estimado.
Em geral, o payback pode vir entre dois e quatro anos. Se vier e 12 meses melhor ainda. Quanto maior for o tempo, maior também pode ser a tendência de não decolar.
Isso porque o mercado econômico e financeiro brasileiro não é muito estável, e o dinheiro aplicado pode desvalorizar, antes do esperado.
– Quando o payback é negativo?
Como o cálculo do payback basicamente tem como base o volume financeiro do fluxo de caixa, se este for negativo, o resultado será igual.
Essa experiência pode assustar o empreendedor, que deve enfrentar a situação de forma positiva, antes que a empresa chegue à falência. Por isso dominar as informações, conhecendo muito o seu negócio é fundamental para manter o controle financeiro.
Uma solução que ajuda a superar qualquer tipo de crise e a mudar o resultado negativo do payback. Outro passo importante é identificar as causas do prejuízo de fluxo de caixa.
Preços inadequados; falta de planejamento e de controle dos gastos; endividamento e até decisões erradas podem gerar prejuízos. A boa notícia é que o gestor pode mudar esse cenário.
Os caminhos para isso passam por adotar medidas emergenciais e controlar e melhorar o sistema de gestão de uma forma geral. O meuBIZ tem as ferramentas e os profissionais certos para ajudar a reverter esse quadro de forma segura e eficiente.
Outros indicadores importantes que o empreendedor deve conhecer
Indicadores econômicos e financeiros são indispensáveis para uma boa administração e saúde financeira de qualquer empresa. Eles geram informação, oferecem métricas de desempenho e verificam o nível de crescimento da empresa.
São facilitadores na tomada de decisões, independente do porte ou tipo de empresa. Conhecer e dominar suas fórmulas e resultados representa competitividade e diferencial no mercado. Alguns sistemas de medições são indispensáveis em qualquer negócio.
Entre eles podemos apontar as margens de contribuição, líquida e a bruta; o ponto de equilíbrio; os custos fixos e os variáveis, o ticket médio e a lucratividade.
A seguir apresentamos outros importantes indicadores que os empreendedores não podem deixar de conhecer.
– ROI
Essa sigla significa retorno sobre investimento e é um dos indicadores mais conhecidos e usados. Seu resultado mostra o retorno financeiro em relação ao montante aplicado no início do negócio.
Para isso na conta são considerados todos os custos envolvidos no processo, em toda cadeia produtiva. Para calcular o ROI é preciso adotar a fórmula ROI (%) = (ganho obtido – valor do investimento) / valor do investimento x 100.
– TIR
A taxa interna de retorno (TIR) indica o percentual de lucro de um investimento, considerando o valor presente líquido (VPL) igual a zero. Ou melhor, a TIR indica qual seria a melhor taxa de desconto para um VPL chegar a esse resultado.
Isso representa que o investimento já se pagou. Ainda não é lucrativo, porém não gera prejuízo. O mercado financeiro oferece várias fórmulas para calcular a TIR, mas é preciso sempre, somar as entradas do fluxo de caixa, subtraindo o investimento inicial.
– Rentabilidade
A rentabilidade é um dos melhores indicadores. É ele que indica o volume de retorno esperado em investimentos financeiros, em empresas ou em projetos. Para se chegar a um resultado aplica-se a fórmula: rentabilidade = lucro líquido / investimento x 100.
Agora para calcular a rentabilidade de investimentos devemos considerar o valor investido e o final, a taxa de juros e o tempo de aplicação. Nesse caso a fórmula seria: M = C x (1 + i)t. Podemos dividir rentabilidade em três grupos:
– Nominal – é o valor bruto obtido em um determinado tempo, menos taxas e tributos;
– Líquida – quando temos o rendimento já descontado as taxas e os impostos;
– Real – é o valor do rendimento já atualizado com o índice de inflação no período.
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Conclusão
Payback faz parte de uma lista de indicadores econômicos e financeiros que o gestor não pode deixar de conhecer. De suma importância para o sucesso do negócio, é o payback que indica se o empreendimento é não rentável.
Além disso, mostra o tempo que o gestor ou investidor terá para receber de volta o que foi investido. Vimos nesse texto que são duas as principais formas de cálculo: o payback simples e o descontado.
Sistemáticas rápidas e ágeis, que produzem resultados eficientes e confiáveis. Basta o gestor ter conhecimento do seu negócio e um bom controle financeiro. Com isso, viabiliza a tomada das melhores decisões, novos aportes financeiros e investimentos.
Ele também determina o grau de risco que o empreendimento oferece, em especial os de longo prazo. Adotando o payback, o empresário se sente mais seguro para gerenciar melhor seu empreendimento e poder planejar novos aportes, sem dispor de muito capital.
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