Avigan – O medicamento que pode colocar fim ao coronavírus

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O mundo dos negócios vive dias confusos e indefinidos em decorrência do coronavírus. Muitas lojas e negócios fechados, comércio diminuindo e vendas cada vez piores. No entanto, uma possível saída para a crise pode estar à vista. Pesquisadores do Governo da China dizem ter encontrado o Avigan, medicamento desenvolvido contra a gripe pela empresa japonesa Fujifilm Holdings Corp, como meio eficaz no tratamento de pacientes infectados com o COVID-19.   Zhang Xinmin, diretor do Centro Nacional de Desenvolvimento de Biotecnologia, nomeou o medicamento em uma entrevista coletiva em Pequim na terça-feira. Durante uma conferência em Pequim, em 17 de março de 2020, Zhang disse que o Avigan funcionava para sintomas relacionados ao coronavírus, incluindo pneumonia, e não apresentava efeitos colaterais óbvios. Segundo o diretor, o medicamento foi eficaz em ensaios clínicos por duas organizações médicas no país.   O diretor disse, ainda que os testes com o Avigan foram realizados nas cidades de Wuhan, cidade onde provavelmente tenha se iniciado o coronavírus, e Shenzhen, envolvendo 240 pacientes e 80 pacientes, respectivamente. Segundo Zhang Xinmin, os pacientes que receberam o medicamento em Shenzhen se tornaram negativos para o vírus depois de uma média de quatro dias após se tornarem positivos, enquanto aqueles que não fizeram uso do medicamento demoraram em média de 11 dias para testarem negativo para o COVID-19.   O estudo também descobriu que as fotos de raios-X confirmaram melhorias nas condições pulmonares em cerca de 91% dos pacientes que receberam o medicamento. O número ficou em 62% para aqueles sem a droga. O pesquisador chinês afirmou que o Avigan é altamente segura e seu efeito é óbvio, e recomenda formalmente o uso do medicamento como forma de combater o vírus.   Ainda segundo Zhang, uma empresa farmacêutica chinesa obteve aprovação da Administração Nacional de Produtos Médicos da China para produzir em massa o medicamento e garantir um suprimento estável.  

Os efeitos do Avigan

  O Avigan (Favipiravir) é um agente antiviral que inibe seletiva e potentemente a RNA polimerase dependente dos vírus de RNA. É importante notar que o medicamento apresenta atividades antivirais contra outros vírus de RNA que são conhecidos por causar febre hemorrágica fatal. Esses perfis antivirais exclusivos podem fazer do Avigan um medicamento potencialmente promissor para infecções virais por RNA especificamente intratáveis.   Anteriormente, um estudo em 2017 descobriu que o Aigan era eficaz contra uma ampla variedade de tipos e subtipos de vírus influenza, incluindo cepas resistentes aos medicamentos anti-influenza existentes.   O Instituto Francês de Saúde e Pesquisa Médica conduziu um ensaio clínico sobre a eficácia do Avigan como tratamento da Doença pelo Vírus Ebola na Guiné de dezembro de 2014 a maio de 2015. Com base nos resultados do estudo, o governo guineense adotou a administração do comprimido Avigan como parte de um regime de tratamento para o Ebola.   Em 17 de março de 2020, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA não aprovou especificamente nenhum medicamento para a doença de COVID-19 em humanos.  

Ações em alta pelo Avigan

  Na manhã do dia 18/03/2020, após o anúncio do Governo Chinês, as ações da Fujifilm Holdings Corp (4901.T) do Japão subiram 15%, com a expectativa de que o medicamento anti-gripe Avigan possa ajudar os pacientes com coronavírus a se recuperarem.   O Avigan, também conhecido como Favipiravir, é fabricado por uma subsidiária da Fujifilm, que possui um braço de assistência médica, embora seja mais conhecido por suas câmeras. Uma porta-voz da Fujifilm disse que a empresa não comentou o anúncio do governo chinês. “A Fujifilm fabrica o Avigan apenas recebendo pedidos do governo japonês e não tem meta de vendas para a droga”, disse ela.   As ações da Fujifilm fecharam a manhã em alta de 14,7% a 5.207 ienes, atingindo brevemente seu limite diário máximo de 5.238 ienes.   Como mencionado, em um ensaio clínico em Shenzhen envolvendo 80 participantes, os pacientes que tomaram Favipiravir apresentaram maior melhora no peito e levaram menos tempo para testar negativo para o traço genômico do vírus, em comparação com os pacientes que não receberam o medicamento, disse Zhang.   Essa ainda não é uma saída certa, mas pode ser um caminho para por fim à pandemia e à crise mundial que se instalaram após o surgimento do coronavírus. Seus efeitos são comparados às grandes crises econômicas de 1929 e de 2008. O fim dessa batalha traria alívio para muitos empresários brasileiros e de todo o mundo, que esperam por uma recessão sem precedentes, com possíveis fechamentos, falências e explosão do nível do desemprego em todo o mundo.    
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