Há dois anos o Brasil assiste a sua atividade econômica minguar. Com uma queda de 3,77% do PIB em 2015 e 3,6% em 2016, a crise atual já é considerada a maior da história brasileira, atingindo mais de 13 milhões de trabalhadores e milhares de empresas. Nessa situação, uma saída que começa a se tornar cada vez mais comum entre os empresários vender a empresa.
Milhares de empresários, assistindo sem perspectiva a queda nas vendas do varejo, da indústria e dos serviços, já começam a se desinteressar pelo mundo dos negócios. De acordo com Gustavo Garcia, do meuBiZ, especialista em compra e venda de empresas, o número de empresas à venda tem aumentado a cada mês.
Essa forma de fazer negócios é muito popular em países desenvolvidos como Estados Unidos e Inglaterra, onde são realizadas milhares de operações de compra e venda de empresas todos os anos.
No Brasil, o segmento mais desenvolvido ainda é o de fusões e aquisições de grandes companhias, mas as micro e pequenas empresas já começam a despontar com uma quantidade relativamente alta de transações. De acordo com Gustavo, “muitos empresários têm buscado a venda da empresa como saída da crise, uma solução para a aposentadoria ou simplesmente para descansar durante o período de fraco desempenho econômico”.
Apesar da quantidade de empresas à venda estar crescendo mês a mês, o segmento ainda tem muito espaço para avançar. De acordo com o fundador do meuBiZ, muitos empresários ainda desconhecem a possibilidade de vender suas empresas e acreditam que essa saída é complexa ou, até mesmo, impossível.
No entanto, engana-se quem imagina que empresas na crise são difíceis de serem vendidas. Nesse período, vários negócios têm buscado a estratégia de expansão por meio da aquisição de seus concorrentes e de fornecedores em situação financeira complicada. “Essa alternativa é excelente para todas as partes, pois remunera quem quer sair de um negócio e abre as portas para quem está buscando investimentos em longo prazo”, explica Gustavo.
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